LIBERDADE DA MULHER DURANTE O TRABALHO DE PARTO

Autores

  • Beatriz Pereira Alves Universidade Federal de Campina Grande-UFCG
  • Leandro Nonato da Silva Santos https://orcid.org/0000-0003-3295-0409
  • Anubes Pereira de Castro Universidade Federal de Campina Grande-UFCG

Resumo

RESUMO- Da antiguidade aos dias atuais o processo de parturição alcançou transformações que envolvem profissionais e postura destes frente ao trabalho de parto, posições da parturiente e reflexões sobre medicalização que contribuíram para a evolução natural do trabalho de parto. Nesse contexto este estudo traz a compreensão de que movimentos e posições durante o trabalho de parto trazem influências significativas. Diante disso, tem-se como objetivo identificar, por meio de busca na literatura científica, os benefícios da movimentação e escolha de diferentes posições durante o trabalho de parto. Para tanto, desenvolveu-se uma revisão de literatura, realizada por meio de buscas nos bancos de dados MEDLINE, LILACS, BDENF e SCIELO através do portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no período de agosto de 2019. Foram selecionados artigos publicados no período de 2015 a 2019, em português, tendo como assuntos principais, a influência da movimentação e das posições adotadas durante o trabalho de parto. Percebe-se que as mulheres têm pouco acesso às informações relacionadas ao parto durante o pré-natal, desse modo, infere-se que as mesmas aceitam a posição convencional (horizontal), pré-determinada e imposta pelos profissionais no momento do parto pelo desconhecimento da evolução e dos determinantes do trabalho de parto, que inclui a escolha da posição em que deseja parir. Estudos mostram que a livre movimentação, juntamente com a prática de exercícios pélvicos e respiratórios, alivia a dor e acelera o trabalho de parto de forma natural. Além do mais, posições verticalizadas causam menos desconforto, auxiliam tanto no processo de expulsão fetal pela pressão intrauterina extra exercida naturalmente pela gravidade quanto no aumento dos diâmetros pélvicos maternos, gerando menos traumatismos vaginais ou perineais no período de expulsão. Evidencia-se a necessidade de reformulação na assistência pré-natal de forma que o programa possa capacitar as gestantes sobre os métodos não farmacológicos para alivio da dor, incluindo exercícios pélvicos, utilização de instrumentos como a bola suíça, a escada de Ling e o rebozo, além da escolha informada das posições que podem ser adotadas no período expulsivo do parto, e seus benefícios, incentivando seu protagonismo e autonomia durante o trabalho de parto.

Palavras-chave:Saúde da Mulher. Parto Humanizado. Humanização da Assistência. Parto Normal.

Biografia do Autor

Leandro Nonato da Silva Santos

Enfermeiro pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Campus Cajazeiras-PB. Especialista em Saúde da Família pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira-UNILAB. Atualmente Membro do Grupo de Pesquisa Violência e Saúde GPVS/UFCG/CNPq, Integrante do banco de Professores Visitantes que atendem, quando convocados, as demandas do Projeto de especialização em saúde pública e projeto de especialização em estratégias de enfrentamento à violência contra a mulher do Centro de Educação Permanente em Vigilância a Saúde (CEVIG) da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESPCE). Docente horista de Cursos Profissionalizantes do Instituto Profissionalizante Maria Marcolino-IPMM.

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Publicado

2020-06-07