EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA INTERFACE DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A MULHER PARTURIENTE

Autores

  • Fabrícia Alves de Souza
  • Raniel Eduardo Da Silva
  • Marlla Héllen do Nascimento Araújo
  • Nívea Mabel de Medeiros

Resumo

 

 

RESUMO- O parto é um momento único e marcante na vida de uma mulher, é um evento fisiológico e que perpassa desde a antiguidade. Com a medicalização do parto as mulheres ficaram expostas a não tomar certas decisões no parto, ficando para os profissionais que a assiste, expressada por violência obstétrica, esse ato toma diferentes formas dependendo de como é praticada, podendo ser verbal, física, psicológica e institucional, repercutindo em danos a mulher em todos os âmbitos. A educação em saúde se configura como um aporte teórico repassado por profissionais da saúde com o intuito de levar conhecimento para determinado tipo de público com o objetivo de promover saúde e prevenir agravos. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo observar a importância da educação em saúde no combate a violência obstétrica e resgate da voz ativa da parturiente. Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada através das bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF, SCIELO, entre outros. Realizada a partir da BVS no período de agosto de 2019, com artigos que abordaram o tema em estudo. Percebe-se que pesquisadores evidenciou que no tocante a violência obstétrica o conhecimento das mulheres é restrito, muitas delas não sabem do que se trata e quando sabem se restringe a violência física, ou seja, seu conhecimento é baseado em histórias passado de geração em geração ou contada por amigas. A atenção primária tem papel fundamental na mudança dessa conjuntura, uma vez que tem participação integral na vida da gestante com o pré-natal e a ferramenta didática da educação em saúde. Utilizando-se de metodologias educacionais no momento das consultas, grupos de gestantes ou mesmo tirando dúvidas, o médico (a) ou enfermeiro (a) pode empoderar a mulher com conhecimento, fazendo com que a gestante possa ser um sujeito ativo no processo de trabalho de parto, o parto propriamente dito e puerpério, carregando consigo confiança de se impor mediante situações que gere a violência obstétrica. Assim podemos perceber a importância do uso de tecnologias leves no SUS como a educação de saúde no combate a violência obstétrica, bem como no empoderamento da gestante, como diz Paulo Freire, “o indivíduo que possui a educação necessária pode transformar o ambiente onde vive e ser agente ativo de sua própria históriaâ€.

Palavras-chave: Educação em Saúde. Obstetrícia. Violência Obstétrica.

Biografia do Autor

Fabrícia Alves de Souza

 

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Publicado

2020-06-07