IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DAS INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Pedro Tiago Campos Mota Nunes
  • Rosielly Cruz de Oliveira Dantas
  • Rosimery Cruz de Oliveira Dantas

Resumo

 

 

RESUMO- A Atenção Primária à Saúde (APS), é uma das principais portas de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde) e precisa apresentar um resolutividade entre 75 e 85% dos casos, para evitar a sobrecarga no serviço terciário. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, descritiva, com dados secundários do DATASUS, que avaliou o número de internações por condições sensíveis em todo o território nacional, tendo como referência a Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM), no período de 2015 a 2019, avaliado com estatística descritiva. No período estudado ocorreram 292.202 mil internações por HA e 666.983 mil por DM no Brasil. Foram mais frequentes, com valores respectivos, na Região Nordeste (114.509 e 261.716), na raça negra (128.392), no sexo feminino (172.743 e 344.796) e no grupo de idosos (166.658 e 358.099). Apesar da alta resolutividade da Atenção Básica, existe um grande número de internações causados por Condições Sensíveis à Atenção Primária, acometendo principalmente os grupos mais vulneráveis socialmente, apesar de serem facilmente controladas e tratadas na Estratégia de Saúde da Família (ESF), quando devidamente acompanhadas. Alguns programas, como o HiperDia, foram criados para sistematizar o acompanhamento, ofertar informações, planejar ações e buscar efetivar o controle dos agravos. Contudo, quando não há busca ativa por parte dos profissionais, incentivo à população procurar a Atenção Básica e a construção de vínculo entre a comunidade e ESF, ocorre o descontrole e a descontinuidade do tratamento. Isso resulta em complicações que resultam em internações, custos públicos e sociais, sequelas e interferência na qualidade de vida do paciente e de seus familiares. Portanto é imprescindível o acompanhamento de perto da população pelos profissionais da ESF. A construção do vínculo fortalece a confiança, o conhecimento da realidade e das demandas, o que possibilita a elaboração e implementação de medidas atrativas e efetivas à população. Colocar em prática a promoção da saúde, com oferta de palestras, formação de grupos, rodas de conversa, dentre outras, são medidas que, ao serem adotadas, empoderam a comunidade e quebram o estigma de que apenas o hospital é resolutivo e a ESF serve apenas para dar receita e medicamentos.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Estratégia Saúde da Família. Hospitalização. Epidemiologia.

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Publicado

2020-06-07