CONTRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM PARA O EMPODERAMENTO DA GESTANTE DURANTE O TRABALHO DE PARTO

Autores

  • Catarina Ferreira Pontes
  • Pedro Tiago Campos Mota Nunes
  • Cláudia Maria Fernandes

Resumo

RESUMO: O parto manifesta-se como um processo fisiológico, singular e um fato social que marca uma experiência única e complexa para as mulheres, esse evento natural necessita de um cuidado especializado e humanizado e um acolhimento eficiente. Entretanto, por vezes é visto como uma condição patológica, o que eleva as técnicas medicamentosas, os procedimentos cirúrgicos e a falta de autonomia da mulher. Devido a isso, um momento que necessita ser único e de protagonismo para a mulher, acaba sendo doloroso e angustiante, gerando ansiedade e frustração. A contribuição da enfermagem no acompanhamento do parto normal, incentivando o empoderamento da parturiente antes e durante o parto, tem tido relevância e um reflexo positivo no processo, potencializando a capacidade natural da mulher de dar à luz. O acompanhamento da mulher deve ser feito desde o pré-natal, centrando o cuidado em sua autonomia, para que ela desenvolva confiança em si e nos profissionais da enfermagem. O estudo tem o objetivo de averiguar as contribuições da enfermagem para o empoderamento da gestante no período do parto. Trata-se de uma revisão da literatura, de abordagem qualitativa realizada no mês de agosto de 2019, através de busca de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na Scientific Electronic Library Online (Scielo) e na Literatura Latino Americana de Ciências e Saúde (LILACS). Teve como critérios de inclusão artigos dos últimos cinco anos em língua portuguesa, cujo conteúdo abordasse a assistência e cuidados da enfermagem no parto natural e o empoderamento da parturiente. Como critérios de exclusão, artigos indisponíveis na íntegra e os que estivessem duplicados. Após filtros foram utilizados quatro artigos. A participação da enfermagem no acompanhamento da mulher durante o trabalho de parto tem sido representada como resultado positivo na percepção da gestante. É preciso para que esse cuidado centrado aconteça, sejam respeitados seus direitos e que todas as escolhas sejam informadas, para que a gestante se torne autônoma, reconhecendo-a como alguém que possui vontades e necessidades. Portanto, criar um vínculo de confiança tem como efeito uma relação mais harmoniosa, reduzindo a posição de subordinação das mulheres no processo de parto, auxiliando para que tomem suas decisões. Todavia, mostra-se relevante a interação harmoniosa da enfermagem e a gestante, permitindo a criação de um vínculo entre os mesmos, refletindo em segurança e confiança no momento do parto, favorecendo um cuidado humanizado e deixando-a como protagonista do seu próprio cuidado. Tendo em vista a importância da temática, sugere-se novos estudos que incorporem a mulher como figura ativa no cuidado, fazendo-se necessário ser reforçada a participação ativa e os direitos da gestante, beneficiando a mesma e respeitando suas decisões durante parto.

Palavras-chave: Trabalho de Parto. Cuidados de Enfermagem. Empoderamento.

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Publicado

2020-06-07