ANÁLISE ACERCA DA UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS COMO RECURSO TERAPÊUTICO PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

Resumen

RESUMO: O processo de hospitalização na maioria das vezes é caracterizado como uma experiência traumática vivenciada na infância, e é nessa hora que as atividades lúdicas surgem como grandes aliadas no processo de cuidado integral com a criança, compactuando com uma melhor adesão do paciente ao tratamento e compreensão da situação, e diminuindo o impacto gerado pela internação. Objetivam-se, destacar os benefícios da utilização de atividades lúdicas como recursos utilizados nos hospitais, a fim de auxiliarem no processo de recuperação do paciente, e compreender seus benefícios na Humanização da Assistência. Portanto, o presente estudo relata sobre a importância de utilizar atividades recreativas como recurso terapêutico no ambiente hospitalar, por intermédio dos profissionais do serviço de saúde. Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa, realizado por meio de revisão da literatura científica, no qual foi utilizada a base de dados: ScientificElectronic Library Online para a pesquisa de referências acerca do tema. Foram utilizados os descritores “Criançaâ€, “Lúdico†e “Hospitalâ€, encontrando disponíveis doze artigos, sendo onze em português disponível na íntegra para o acesso, escolhidos seis publicados nos últimos quatro anos, e utilizados três que atendiam o objeto da pesquisa, excluiu-se artigos que não atendessem ao objetivo da pesquisa. A criança, quando inserida no ambiente hospitalar, está exposta a vivenciar uma rotina fria, de procedimentos dolorosos longe da escola e amigos, visto que, o referido lugar é regido por regras e normas, tem uma linguagem muito especifica e geralmente está muito distante do cotidiano da mesma. Segundo Autores, através de atividades lúdicas desenvolvidas no contexto hospitalar, a criança tem a possibilidade de ressignificar à experiência, compreender de acordo com a linguagem da brincadeira os aspectos positivos da hospitalização. O brincar é uma possibilidade de oferecer uma relação muito diferenciada entre pacientes e profissionais, facilitando o contato e promovendo maior adesão ao tratamento. Através da comunicação e ludicidade, é possível proporcionar Humanização na assistência do usuário e do serviço em saúde. Conclui-se, que o processo de reabilitação da saúde integral da criança, não depende apenas dos tratamentos médicos, recomenda-se intervir com atividades terapêuticas, pois através delas o público infantil consegue expressar seus sentimentos, favorecendo a interação social, o que possibilita a troca de experiência entre os pacientes, e colabora com a diminuição dos índices de estresse, ansiedade e medo, gerados no ambiente. Por parte dos profissionais, cabe uma reflexão urgente a respeito da utilização dessas práticas, para que avaliem a importância das atividades, como promotoras do cuidado em saúde e facilitadoras no trabalho deles. Destaca-se, portanto, essencial que as unidades hospitalares ofereçam recursos, que facilitem o trabalho dos profissionais na utilização da ferramenta, através da construção de ambientes adequados, como as Brinquedotecas hospitalares para a realização das atividades, a fim de oferecer uma assistência integral. Aponta-se a carência de pesquisas a respeito do assunto, e recomenda-se a realização de análise na área, com o objetivo de comprovar de forma efetiva os benefícios e eficiência das práticas e oferecer aporte para que os ocupacionalistas reconheçam a importância dessa prática no eixo hospitalar.

Palavras-chave:Atividades.Crianças. Hospitalização.