IMPLICAÇÕES DO TABAGISMO SOBRE O SISTEMA IMUNE

Resumo

O tabaco e seus derivados podem induzir diversas alterações no sistema imunológico provocando uma diminuição das defesas contra infecções e favorecendo o aparecimento de infecções microbianas. O presente trabalho tem como objetivo analisar, a partir da literatura científica, as implicações do tabagismo sobre o sistema imunológico, sobretudo o impacto da nicotina em componentes celulares em fumantes a longo prazo. Trata-se de revisão narrativa da literatura, com buscas realizadas em outubro de 2018, nas bases de dados eletrônicas como o Scientific Electronic Library Online (sciELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS) e Banco de Dados em Enfermagem (BDENF). Os efeitos negativos do tabagismo para o sistema imune podem estar relacionados a presença de receptores de nicotina nos fagócitos, destacando a presença destes nos leucócitos polimorfonucleares. Fumantes a longo prazo mostram uma elevada contagem de leucócitos com sua função alterada pela fumaça do cigarro, já que os componentes do tabaco inibem a quimiotaxia, o que pode levar a infecções recorrentes nesses indivíduos. Portanto, os efeitos deletérios do tabaco e demais produtos do cigarro ocorrem tanto em componentes da imunidade natural como adaptativa do sistema imune, e seu uso a longo prazo compromete a qualidade de vida do usuário, sendo necessário a intensificação de trabalhos científicos direcionados nessa perspectiva e medidas de saúde voltadas a prevenção, controle dos produtos e terapias efetivas dos tabagistas e fumantes passivos.